terça-feira, abril 01, 2008

36.

Ana Ferreirinha abre a cancela do pátio. As manas Custódias dormem ainda. Acomoda a fazenda; esfrega o soalho; limpa o pó dos móveis, das molduras com retratos a sépia, do serviço das índias, das jarras de cristal; prepara o café das meninas. Uma nuvem de gases e poeira levanta-se no ar da meia manhã de Setembro; as manas correm à varanda; a camioneta da carreira sobe vagarosamente a rua Cinco de Outubro como se chegasse de uma viagem à roda do mundo.