quinta-feira, setembro 25, 2008

15.

Para onde vão os dias que passam? Que lugar os acolhe ou suspende nos seus múltiplos fios? O que nos pertence ou se perde irremediavelmente no tempo que já não é? Onde ficam as nuvens pretéritas e o vento e a chuva e as corridas das crianças a descer e a subir os atalhos das florestas? O que une ou separa os acontecimentos do passado e a memória que guardamos deles? E se não houvesse mais que o tempo presente? E se não houvesse passado nem futuro? E se a vida toda não fosse senão este momento irrepetível de nos sentirmos vivos em melancolia, intemporalidade e tumulto?