terça-feira, dezembro 30, 2008

9.

O engenheiro não me parecia mau tipo e eu começava a lamentar tê-lo conhecido nestas circunstâncias. «Acho que merecemos uma imperial. Que lhe parece?» Já passava da hora de fecho do expediente: anoitecera. Atravessámos a rua, entrámos no Arsénio, sentámo-nos em silêncio. Eu continuava confuso. E foi ele a quebrar o gelo: «Veja isto pelo lado bom: pelo menos o projecto não vai ser reprovado à mor da teimosia do arquitecto Leonardo em manter a empena de cimento.» E acabei por sorrir.